quarta-feira, 29 de abril de 2009

Indignação nossa de cada dia

Ontem pra mim foi o típico dia de contestar algumas coisas pelas quais todo mundo passa diariamente.

Lá estávamos nós. Eu e Ricardo, meu colega de trampo e companheiro de caronas matinais, já perto de nosso destino.
No límpido e "chiquetoso" bairro Alto da Boa Vista, próximo à Santo Amaro, a PM nos parou. Daí foi aquele "blá blá blá policial" de sempre: milhões de perguntas, revista daqui, revista de lá... Pra no final ainda recebermos uma cretina afirmação: "Sabe como é né... Precisamos olhar pois tem um carro igualzinho a esse assaltando a região. É um gol velho também, azul metálico desse mesmo jeito..." Na verdade, nada passou de um preconceitozinho mesquinho contra um cara negro dirigindo um carro velho.

Na noite do mesmo dia, quando presenciei um assalto à mão armada, não havia nenhum carro da PM parado nas proximidades de um bairro muito próximo ao Alto. Alguém poderia ter se machucado dentro da loja. Alguém que não fosse culpado.

A associação dos fatos é interessante. Daí você para pra pensar em uma verdade simples: a moral da história, é que, na realidade do mundo, não existe moral.

domingo, 26 de abril de 2009

...

Essa noite eu sonhei com quem não deveria mais sonhar.
E neste sonho nem um pouco agradável, infelizmente o vi naquele mesmo lugar de sempre.
Infelizmente o desejei mais do que nunca.

Por que entre nós nada deu certo? Você tem aquela mesma resposta de sempre na ponta da língua que não posso concordar.
Minhas razões foram outras, e agora você não precisa mais saber.

Só queria que soubesse que ainda me chateia com suas atitudes mal escolhidas e sua falta de maturidade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Famosa dependência do mundo virtual

Quantas vezes ouvimos falar por aí que o mundo todo está cada vez mais dependente da internet?

É verdade! As pessoas acham que isso é um fato natural, proveniente da globalização e da modernização. Porém, não percebemos ainda que, de maneira inconsciente, não conseguimos fazer nada sem um bom computador e banda larga em mãos.

Somos dependentes deste mundo virtual para trabalhar, estudar e até para estabelecer relacionamentos.

Um exemplo bom deste excesso é uma situação que provavelmente já aconteceu na empresa de muita gente: a internet "pifa" e você só consegue acessar o servidor pra tentar fazer alguma coisa às 5 pras 6 da tarde. O restante do dia que se passou, você passeou pela empresa, tomou 30 cafés, conversou com todo mundo e fingiu que tentou trabalhar pra depois não ouvir reclamações. Daí no dia seguinte, te perguntam: "O que você fez ontem?" e você afirma "Ué, nada!". O mais engraçado, é que ainda se sentem no direito de ficarem putos, como se a culpa fosse sua, sendo que algum inteligente por aí inventou esta maravilha de modernidade precária que não oferece recursos alternativos em caso de problemas.

Fala se não é engraçado!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pois é...

Pois é!

A única reação que temos às vezes na vida é dizer aquele simultaneamente vago e farto: "Pois é!"

Você escutou uma mentira, ou algo que não te agradou... Pois é!
Você esperou por isso. Você já sabia. Mas mesmo assim pagou pra ver, e acabou dizendo aquele "Pois é!" conformado no final.

Você fez algo para alguém. Algo que você imaginava ser tudo de bom. Algo que parecia ser maravilhoso.
Pois é!
Nem sempre sua opinião conta. Nem sempre as pessoas querem atenção. As coisas são assim e isso é fato.

Pois é!
Você viu. Você ouviu. Você sentiu.
Mas isso não foi suficiente.

Pois é, meu nego...
Fechando os olhos, ninguém é capaz de distinguir as verdades das mentiras.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Feliz dia do Jornalista!

Uma breve reflexão para todos, e não só para os Jornalistas. Entendam como quiserem.

Engraçado como certos blogs e sites são chatos e cheios de querer.
Qual é a graça de ler exatamente as mesmas coisas de sempre?

Aqui abro uma discussão relevante principalmente aos profissionais e colegas estudantes jornalistas, neste dia de "festa".

Às vezes queremos escrever de maneira sofisticada - que fique claro que não me excluo disto! - apenas para chamar a atenção do público "intelectual".

Pergunto mais uma vez então: qual é a graça de falar dos assuntos de sempre, utilizando a mesma linguagem chata, se teoricamente o Jornalismo deve englobar o novo?
E é aí que entra mais uma questão: o que é exatamente o chamado "inovador"?
Insisto que devemos rever alguns conceitos e repensar o modo de escrever, ou ao menos, os assuntos abordados.

Nada mais do que uma reflexão tola (ou não) que serve para mim e para você, além de outros escritores espalhados aí neste mundo doido, sejam eles jornalistas ou não.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

...e cuspa os restos de sua boa vontade!

Você deve estar se perguntando: de que diabos este blog fala?
Ah... Sempre um pouco disso; às vezes um pouco daquilo.
Se você acompanhar as postagens, com o tempo provavelmente perceberá qual é a "brisa" por aqui.

Antes de mais nada, acho essencial explicar o título.
Engula essa hipocrisia é uma frase que surgiu a partir de uma das minhas tentativas de jogar alguns versos no papel. Sem título, o poema abaixo é um dos mais influentes na minha vida, e um dos que mais gost0, por sinal. De uma maneira não muito sutil, critica a rotina humana tão cultivada e adorada de maneira errada pela maioria das pessoas.

Como primeira postagem, nada mais justo do que mostrá-lo para vocês:

"Engula sua hipocrisia.
Cuspa os restos de sua boa vontade.
Porque nada disto está certo.
Porque nada disto está errado.

Esconda-se daquele ritual de todos os dias,
E finja que as coisas vão mudar.
Porque nada nunca será diferente,
E o passado nunca desaparecerá.

Estraçalhe e rabisque as folhas antigas.
Queime-as com a certeza de que este será o fim;
Mas nada disto nuunca acabará...
E nada disto nunca acabará.

Porque o antes, nunca se esqueceu.
E o depois não deixará saudades pra ninguém."